O aparecimento e o crescimento das práticas esportivas de lazer e de competição, com aventuras e junto à natureza, ampliam, a tensão "esporte-espetáculo" e as práticas outdoor, bem como, a afinidade entre ambiente e desenvolvimento, fazendo surgir na relação ecologia/esporte/turismo uma demanda de diferentes grupos sociais, (COSTA, 2000). Este fato pode ser observado com evidência nas corridas de aventura, que mesclam atividades de lazer, esporte e competição, todos realizados por pessoas que adoram esporte em meio à natureza.
Para Vera Lúcia Costa (2000), autora do livro: Esportes de Aventura e Risco em Alta Montanha, a prática de esportes na natureza está associada à ideia de aventura carregada de um forte valor simbólico e, são tendências de grupos de diferentes partes do planeta a fazer coisas FORA DO COMUM. Ainda segundo autora, estes esportes, no movimento ecoturístico, possuem um caráter lúdico, uma vez que a atitude dos sujeitos que vivem a aventura no esporte é tomado de risco calculado, colocando toda confiança nas técnicas e na segurança propiciada pela materiais e, eventualmente, seus colegas de aventura
Segundo Pereira (2003), as pessoas que praticam modalidades de esportes de aventura na natureza possuem personalidades com predisposições biológicas para receber estímulos máximos e apresentam necessidades de experiências novas, complexas, com desejo de correr riscos físicos e sociais por prazer, além de serem vistos pela sociedade como excêntricos e loucos. No Brasil, verifica-se a expansão recente e vigorosa dessas modalidades de forte apelo turístico (ALVES, 2005).
Para Alves (2005), a opção pelas atividades físicas de lazer em contato com a natureza, pode ser traduzida através do desejo de uma reconciliação com o meio natural, expressa numa experiência nunca antes vivenciada.